Sobre essa dor!
Então vi a dor se espalhar em palavras
que tentavam responder ao coração o que fazer sobre sentir essa dor que não
passa que insiste em atravessar a alma, quebrando os ossos do corpo como se
nenhuma dor física fosse capaz de superar a alma gritando.
E vi meus olhos perdidos num
horizonte que não podiam alcançar, pois além do meu olhar não conseguia mais acompanhar
o teu, e me pergunto sobre a dor que você deixa em mim como faço? O que faço?
Não encontro respostas coerentes,
mas quem disse que a vida é coerente?
Somos assim, cheios de expectativas para nossa vida, e quando o destino nos
surpreende de forma diferente do que traçamos, não sabemos como agir, não sabemos
o que pensar.
E quando esse traçado é cortado pela
linha da morte, nos fechamos na nossa dor, nos fechamos simplesmente, é necessário
entrar no casulo, vestir o luto e deixar toda dor bater no peito como se fosse nos
matar.
E na verdade morremos um pouco, acordamos
sem forças e até andamos sem saber para onde queremos ir ou mesmo porque ir.
Então, amanhece outro dia, e percebemos
que apesar da dor ainda precisamos-nos por de pé, existe alguém ao nosso lado que
nos chama, que ainda espera que estejamos prontas pra continuar a caminhada.
E seguimos, a vida segue, nossas missões
ainda estão em aberto, precisamos dar continuidade ao que nos foi concedido para
desempenharmos no trajeto, passamos pela prova mais complicada e difícil que uma
mãe pode passar abrir mão de um filho! Deixa-lo
partir, ter um amor tão imenso que seja capaz de deixa-lo voltar aos braços Daquele
que um dia nos permitiu tê-los.
Então, começamos a aprender o
valor do espiritual, nos colocamos diante do inexplicável, e sem questionar
aprendemos a moderar a dor, passamos pelo sofrimento tentando levantar,
tentando recomeçar. E esse recomeçar é tão dolorido que chega a abrir o peito
deixando na alma a marca da ausência.
E seguimos, a vida
nos pede para
continuarmos!
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