Silenciosamente!
Perceber que teus olhos não são tão distantes assim, já que buscam os meus, e os encontram passa pelo tempo de estremecer a alma, que cala o querer num verso, existindo apenas nesse teu buscar o meu olhar enquanto passo por ti. Ando meio inquieta, na esperança de ver o brilho lindo desse breve olhar que encanta-me, como pode ser? Não paro para pensar, para explicar, os meus pequenos e breves encantos não viveriam se explicados fossem, sua doce magia está simplesmente nessa súbita vontade ao movimento de passar pela vida. No poema de um ser que traga os desejos na pele escondidos, expostos apenas ao mais sublime olhar, esse que silencia no movimento que faz a vida ir e vir. E sim, tudo pode acontecer, entre olhares que se cruzam ao aquecer o milagre do querer explicito e ao mesmo tempo tão escondido, coisas do segredo de desejar o que não se pode ser, e assim apenas guardar na pele do tempo os movimentos intensos de um olhar que um dia encantaram os vários segredos, que insist